Intergaláctico, o filme, é uma adaptação do espetáculo Intergaláctico, trabalho que
configura-se na interface entre dança e multimídia. Dos palcos transmuta-se em uma
viagem para a tela, reunindo assim, toda a sinestesia da obra em uma videodança,
inventando, ocupando e reconfigurando novos espaços para (se) desbravar.
A obra que transforma o espaço em ator, teve como ponto de partida a pesquisa
“Espaço de modular – Que espaço a minha corporeidade ocupa?” de Maria Epinefrina
no curso de dança na universidade Federal do Ceará, onde é investigado o corpo
intergaláctico, um corpo potente que tem consciência da sua expansão e
desdobramentos no espaço/tempo. Trazendo esse corpo para nossa
contemporaneidade, questões sobre o espaço que habitamos e ocupamos.
As sociedades de controle tem seus alicerces fincados no pensamento hegemônico
cisheteronormativo, é impregnada de colonialismo, capitalismo e machismo. Influi
diretamente em nossos contornos e na forma de como nos mostramos para com o
mundo. O ambiente é controlado e o intergaláctico, corpo que desdobra no tempo e
espaço, se lança na busca de ser, existir, ocupar e expandir lutando contra o próprio
espaço que ocupa, neste filme heterotópico dirigido e dançado por Maria Epinefrina,
criado com os artistas digitais Leonardo Santos, o compositor Cozilos Vitor e os
cineastas Tais Monteiro e Tuan Fernandes.
Esta ação faz parte do projeto "Intergaláctico nos espaços" contemplado no VIII edital de incentivo as artes de Fortaleza.
O bilhete custa 15,00 no Sympla.
Sessões as 19 e as 21 horas.
O link será enviado 10 minutos antes.
A partir do universo imagético e das lógicas interacionais presentes no ambiente dos videogames, os interpretes e criadores Maria Epinefrina e Wellington Fonseca apresentam a obra Saori e Anahí. Um trabalho que fala da jornada de dois personagens distintos, em busca de completar uma só missão. Com as diferenças eles aprenderão a lidar juntos com as fases e desafios numa aventura cheia de jogos, imaginação, dança, cor e uma espécie de lego gigante. O Espetáculo é voltado para o púbico infanto-juvenil e conta com trilha sonora original de Fernando Catatau, dramaturgia de Clarice Lima, figurino de Themis Memória e Amorfas e iluminação de Glória Mendes. Projeto contemplado no VII edital das artes de Fortaleza.
No pique do esconde-esconde, pega-pega e bate-bate Saori e Anahí enfrentam o desafio de completar uma missão secreta no mundo Quebra-cabeça. Entre partidas e recreios, se deparam com um novo oponente. Será que conseguirão completar esta misteriosa missão?
De tanto querer existir, de tanto ter que existir NOIS vai retornar a cidade.
Teremos apresentação dias 23 no Apê Cultural as 19 horas Maracanaú e dia 29 no Salão das Ilusões em Fortaleza as 20:00.
Você que já viu a 1º Edição e a 2º Edição não pode perder a 3º e ainda compartilhar com o colega.
NOIS nasceu a partir de inquietações sobre as relações que traçamos para com o mundo e como esta nos reverbera e nos constrói, foi contemplado no edital das artes em 2016 com sua primeira montagem em 2017, desde então o trabalho é realizado. Tendo passado pelo elenco vários artistas "O NOIS é um trabalho vivo, ele tem isso de sempre recomeçar com outros corpos, em outros contextos, de outras formas." Diz Maria Epinefrina.
Já participaram do elenco do trabalho: Stephany Nojosa, Davi Arriguci, Rafael Crisóstomo, Lucas Kahlo, Maria Caironi, Dann Campos, Georgia Dielle, Mariana Chaves e Vitrilis Sarambaixo.
Atualmente estão: Georgia Dielle, Rafa Artof, Jhessy e KALY
Numa produção totalmente independente, feita com ajuda de amigos, empréstimos de equipamentos, disponibilidade de pessoas queridas que acreditam na obra, NOIS existe.
Pa
Dia 23/11/2019 as 19 hrs no Apê Cultural (Maracanaú) - endereço no cartaz acima.
Ingresso: Contribuição Voluntária consciente no chapéu
Dia 29/11/2019 as 20 hrs no Salão das Ilusões (Fortaleza) - endereço no cartaz acima
Ingressos: 10 inteira / 5 meia
* lista trans free
* lista meia solidária
Não tarda e já temos novas apresentações desse trabalho que promete muitas outras apresentações. Estamos confiantes!
Dias 23 e 30 de agosto de 2019
19 horas
Teatro Porto Dragão
Valor do ingresso: inteira 20,00 l meia 10,00
Para nossa alegria as inscrições duraram 1 dia e já fecharam as vagas.
Gostaríamos de agradecer os inscritos, foi bem rápido, quando vimos já passava do numero de vagas muito!
outras ações vão vim e continuem ligados!!
Participando da residência está:
Monstra
Lara da Silva
Rafaelle Artof
Thamires Queiroz
Yna
Vit
Flor de Lis
Suplentes:
Manusuis
Jéssica Marilia
Luana Costa
A fim de compartilhar dos processos e pesquisas do NOIS e explorar as perspectivas de espaço que se habita, o grupo Virtut e Carnaúba Cultural convida artistas de diversas linguagens interessados em composição para residirmos juntos durante o mês de julho.
Ao todo serão 7 vagas, as inscrições vão até o dia 30 ou quando o número de vagas for preenchido. Não haverá seleção, interessados se acheguem nesse projeto de férias de um mês. Vai ser intenso!
Mais informações na ficha de inscrição ou clicando no 'Saiba Mais' ao lado:
https://forms.gle/EEMs2pWAanW1rYWm9
Sexta, dia 24 de maio de 2019, 00:00: O single e o clipe Alheia do cantor Igor Caracas estrelado por Maria Epinefrina está no mundo para quem quiser ver! O clipe foi gravado nas falésias de Peroba e compõe seu primeiro disco solo, intitulado 'Cada Passo'.
Palavras sobre Alheia, música e clipe.
Igor Caracas, maio de 2019.
Alheia surgiu quando estávamos eu e Maria Ó na Praia do Lázaro, em Ubatuba.
Somos amigos há muito tempo e, dentre outros pontos, temos algo em comum, dois librianos com fortes tendências apaixonadas (por vezes platônicas).
Comecei a dedilhar o violão fazendo uma levada e Maria começou a falar do que estava vendo, toalha florida de mesa e cadeira de praia. Oriundos do elemento ar que somos, rapidamente passamos a imaginar coisas. Foi aí que nos veio à mente a imagem de uma mulher apaixonante vindo do mar, doce era. Tinha o corpo vermelho-terra e, alheia a tudo ao redor, pouco se importava com o nosso encantamento ao vê-la. Era só ela, toda si.
E de paixão em paixão, de uma a uma, chegamos a uma só, romântica entrega.
Comecei a pensar no clipe de Alheia. Tinha que ser numa praia, claro. Mas que praia? Há muito sou do mar, cresci nas praias. Mas uma delas é mais especial que todas para mim. Por ir até lá desde os dez anos de idade, por ser lugar de diversos momentos importantes da minha vida e, principalmente, por ser uma paisagem totalmente alheia à Terra, por parecer outro planeta e me conectar ali com o resto do universo, escolhi a Praia da Peroba em Icapuí, no Ceará.
Dividi isso com a Clara Capelo e a Themis Memória, talentosas parceiras que dirigiram o clipe comigo. Além disso, Clara fez a fotografia especial, junto com o Tuan Fernandes. E a Themis fez o figurino mágico.
Ambas também têm forte relação com essa praia, também se banham ali há muitos anos. Concluímos que seria só uma pessoa em cena, a tal Alheia. Themis Memória conta que “Quando conversávamos sobre traduzir a música alheia em filme, a imagem que me chegava era sempre a de uma dança, isso porque na minha intuição a dança é um dos estados que mais correspondem ao canto, ao som, à vibração e ao estado de entrega. A imagem seria então a de alguém alheio ao que não faz parte desse fluxo, que sente dentro de si a integração com o todo”.
Themis então me apresentou o trabalho da Maria Epinefrina, uma bailarina
de expressão muito autêntica, de presença e movimentos que me encantaram. Quando vi uns vídeos dela se derretendo descendo escadas, bancos, imaginei logo isso nas falésias da Peroba e pirei! Fiquei feliz quando ela topou participar do clipe.
Existe um ditado iorubá que diz “Exú matou um pássaro ontem com uma pedra que somente hoje atirou”. Isso fala do trânsito de Exú por entre os tempos, responsável por conexões extra-temporais, para ele não existe o limite do tempo. Quando fomos até a praia da Peroba e começamos a filmar a Maria Epinefrina dançando, senti o efeito vivo desse ditado. Era como se eu e a Maria Ó tivéssemos composto Alheia vendo a Maria Epinefrina dançar ali na Peroba, sozinha, naquela terra vermelha. Aí entendi que tudo estava como deveria estar, na mágica dos tempos, e agradeci profundamente por isso.
Filmamos em locações incríveis, nas bases e nos topos das falésias multicoloridas; numas locas entre uma e outra; em cima de pedras que desafiam o equilíbrio. Até no meio do mar, em cima de uma bancada de pedras durante a maré seca, e também embaixo d’água. E a Maria Epinefrina arrasou. Dançou, derreteu, se arrastou, brincou com a luz, o vento e as roupas em superfícies nada confortáveis como se estivesse em casa ou em outro planeta. Alheia a tudo.
Depois foi o trabalho de montar o clipe. Chamamos a Ana Francelino, parceira da Clara Capelo na Produtora Solta. Muito sagaz, Francelino entendeu tudo, parece que estava lá na praia com a gente. Nos apresentou um corte de forte diálogo entre os movimentos da Maria, a paisagem e a música (não só a letra, mas elementos do arranjo, coisa fina). Além de propor alguns efeitos de montagem de muito bom gosto. Me surpreendeu quando chegou com três luas no fim, capturou a onda interplanetária e brincou com isso. Ana Francelino conta que “na fotografia, no figurino e na performance, os elementos visuais se distanciam e são alheios a algo originado na Terra. Ao perceber isso e ao ver a imagem dela olhando pra lua, me inspirei em criar mais um elemento que trouxesse o aspecto extraterreno, multiplicando assim a lua em 3. A escolha do 3 é tanto pela letra da música repetir 3 vezes a palavra ‘uma’, como pelo fato de eu ser não-binária”.
Laser Talk é um evento que aconteceu na UNIFOR - Universidade de Fortaleza. A edição de Maio de 2019 do LASER talks Fortaleza trouxe para uma instigante conversa um grupo de artistas, arquitetos e cientistas da computação que exploram em sua prática mecanismos tecnoculturais e políticos que moldam, quebram , re-combinam o complexo informacional que chamamos de corpo humano e influenciam a emergência de de expectativas e definições sobre gênero, beleza, perfeição, performance, funcionalidade, aprimoramento. Um exercício surrealista;
Maria Epinefrina e Humano foram convidados para falar do Intergaláctico e seu processo com corpo, dança e tecnologia.
O evento contou ainda com a participação de: Luisa Paraguai artista e pesquisadora da PUCAMP, artista plástica Luiza Veras e Marjory Garcia artista e pesquisadora do CrossLAB.
A data de estreia do Intergaláctico já está marcada. A primeira apresentação será no dia 01 de maio de 2019, feriado do dia do trabalhador, e seguirá apresentando nos dias 08,15 e 22 de maio no Teatro Dragão do Mar.
Intergaláctico é um espetáculo que se configura na interface entre dança e tecnologia. Trata-se de um trabalho em formato de solo dançado e dirigido pela bailarina Maria Epinefrina, criado juntamente com os artistas Humano, Tiego campos, Cozilo Vivos e David Leão com a orientação dramatúrgica de Armando Menicacci no laboratório de criação de dança 2018.2 da Escola Porto Iracema das Artes.
Informação do Serviço:
Nome: Intergaláctico
Quando: 01, 08, 15 e 22 de maio de 2019 (quartas feiras)
Onde: Teatro Dragão do Mar
Hora: 20h
Ingresso: 10 meia / 20 Inteira
Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Teatro Dragão do Mar.